Meus queridos amigos e amigas, tenho a honra de apresentar aqui o cartaz da Romaria da minha terra.
Bem perto do coração da cidade de Viana do Castelo, Santa Marta de Portuzelo, terra de gente trabalhadora, generosa e bairrista, orgulha-se da sua história, da sua cultura e das suas tradições.
Num passado não muito distante, vivia-se essencialmente do monte, do campo e do rio. Daí saia uma inúmera e abundante variedade de bens e produtos que, além de outros fins, constituíam uma completa “Roda dos Alimentos” e asseguravam a abundância e a fartura de tantas mesas e a alegria de tantos lares… Alguns desses bens e produtos partilhavam-se com os mais carenciados.
Trabalhava-se, então, sob o sol escaldante do verão, ou o frio intenso do Inverno.
Como em muitas aldeias e vilas do alto Minho, também em Santa Marta de Portuzelo, se cultivava o linho. Linho que, este ano, enquanto tema de fundo no programa das Festas da Padroeira, ocupa um lugar de honra na decoração deste cartaz.
Além de ser um valioso produto, no termo dum longo e laborioso processo de transformação, desde a sementeira até à peça final de tecido, utilizada nas mais variadas aplicações… o linho constituía ainda uma potencial fonte de rendimento familiar.
Porque “nem só de trabalho vive o homem” havia sempre um momento para, de manhã, ao meio dia, e à noite, em casa ou no trabalho, celebrar a fé! E quando à noitinha, naturalmente cansado, se regressa a casa, as pessoas celebram a família… como que prolongando o dia em momentos únicos de amor e de alegria, de aprendizagem e de afetuoso convívio, tendo como cenário a cozinha tradicional minhota. Era assim!
O Cartaz da Romaria de Santa Marta de Portuzelo 2013, reporta-nos, com rigor, precisão e fidelidade, a esse cenário mágico: a lareira acesa e o pote com água quente; o presunto e os enchidos no fumeiro; o forno onde se cose a broa; a tigela do vinho; a lousa e os brinquedos; a vassoura de giesta; a louça que decora a chaminé e o loureiro cheiroso que se usa para temperos… Era mesmo assim.
Num típico “serão familiar”, são protagonistas deste quadro uma jovem família, com apenas uma filha, por sinal em idade escolar, a quem os pais ensinam as primeiras letras, escrevendo na lousa. O pai lava os pés com sabão rosa e limpa-os depois a uma toalha de linho grosso. Por sua vez a mãe borda num lençol de linho fino a coroa real e iniciais do nome. A filha, numa rara expressão de alegria, cruza com a mãe o seu olhar de felicidade. Entretanto, mimoseia-se brincando com a sua boneca de trapos…
É notória a cumplicidade no olhar, a transparência e a felicidade que irradiam naqueles sorrisos… A família está nesta relação de vida, de comunhão, de amor, de felicidade e de partilha. É isto a família!.. E só nela é possível humanizar o mundo.
Honra ao Linho.
Homenagem à Família!
Num passado não muito distante, vivia-se essencialmente do monte, do campo e do rio. Daí saia uma inúmera e abundante variedade de bens e produtos que, além de outros fins, constituíam uma completa “Roda dos Alimentos” e asseguravam a abundância e a fartura de tantas mesas e a alegria de tantos lares… Alguns desses bens e produtos partilhavam-se com os mais carenciados.
Trabalhava-se, então, sob o sol escaldante do verão, ou o frio intenso do Inverno.
Como em muitas aldeias e vilas do alto Minho, também em Santa Marta de Portuzelo, se cultivava o linho. Linho que, este ano, enquanto tema de fundo no programa das Festas da Padroeira, ocupa um lugar de honra na decoração deste cartaz.
Além de ser um valioso produto, no termo dum longo e laborioso processo de transformação, desde a sementeira até à peça final de tecido, utilizada nas mais variadas aplicações… o linho constituía ainda uma potencial fonte de rendimento familiar.
Porque “nem só de trabalho vive o homem” havia sempre um momento para, de manhã, ao meio dia, e à noite, em casa ou no trabalho, celebrar a fé! E quando à noitinha, naturalmente cansado, se regressa a casa, as pessoas celebram a família… como que prolongando o dia em momentos únicos de amor e de alegria, de aprendizagem e de afetuoso convívio, tendo como cenário a cozinha tradicional minhota. Era assim!
O Cartaz da Romaria de Santa Marta de Portuzelo 2013, reporta-nos, com rigor, precisão e fidelidade, a esse cenário mágico: a lareira acesa e o pote com água quente; o presunto e os enchidos no fumeiro; o forno onde se cose a broa; a tigela do vinho; a lousa e os brinquedos; a vassoura de giesta; a louça que decora a chaminé e o loureiro cheiroso que se usa para temperos… Era mesmo assim.
Num típico “serão familiar”, são protagonistas deste quadro uma jovem família, com apenas uma filha, por sinal em idade escolar, a quem os pais ensinam as primeiras letras, escrevendo na lousa. O pai lava os pés com sabão rosa e limpa-os depois a uma toalha de linho grosso. Por sua vez a mãe borda num lençol de linho fino a coroa real e iniciais do nome. A filha, numa rara expressão de alegria, cruza com a mãe o seu olhar de felicidade. Entretanto, mimoseia-se brincando com a sua boneca de trapos…
É notória a cumplicidade no olhar, a transparência e a felicidade que irradiam naqueles sorrisos… A família está nesta relação de vida, de comunhão, de amor, de felicidade e de partilha. É isto a família!.. E só nela é possível humanizar o mundo.
Honra ao Linho.
Homenagem à Família!
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